terça-feira, 22 de junho de 2010

Apologistas ou papagaios?








O ministério apologético no Brasil não anda muito bem das pernas. Não há uma que se possa chamar de "unidade defensiva cristã". Hoje é cada um por si, e Deus por todos. Fala-se muito em blogs apologéticos, mas que tipo de apologética tem sido difundida por aí? Sob que base tais veículos de comunicação sustentam seus argumentos - que, deve-se reconhecer, possuem algo de verdade, mas que carecem de ortodoxia. São considerados por muitos como "fenômenos" da Internet no seguimento cristão-evangélico. Mas mesmo assim não há unidade, não há companheirismo ministerial - pelo menos não para os que estão fora do círculo de amizades.

Estou cansado de tudo isso. De tanta hipocrisia, de tanta papagaida, de tanta badalação em torno de temas que mechem com o imaginário cristão. Não sou contra a apologia em todos os seus campos, em todas as suas faces, em todas as suas atuações - sou contra a falta de unidade em nosso meio. Existem muitos picaretas por aí que merecem passar por uma sessão de chicotes, de lição moral das mais duras e enérgicas. Não sou contra tudo isso. Não sou contra a apologia de dentro para fora, de fora para dentro. A minha preocupação resume-se unicamente na qualidade de tais argumentos. Aquela velha, porém pura apologética parece ter sido esquecida.

Essa é a minha preocupação, a minha reflexão de todos os dias. Não há hoje uma apologia sadia, aquela que outrora usavamos para denunciar os erros do mormonismo, das testemunhas-de-jeová, do catolicismo etc. O que mais se vê atualmente é o chamado "copiar e colar". Mas onde estaria a inspiração para novos argumentos, para novas reflexões apologéticas? São papagaios à deriva.

Sou do tipo que presa muito pela unidade, pelo desenvolvimento de novas habilidades. Mas há um grupo de papagaios que parecem terem adquirido seus próprios mundos. Um tal de Severo que manipula os comentários, que nega aos seus visitantes o direito de opinar contra seus textos. Aquele que defende a democracia e marginaliza os socialistas latinos, serceia ao mesmo tempo o direito de expressão, de opinião de seus opositores. Demoniza lulas e dilmas, e exalta o "eu" o "meu"...

Outro, um tal de Caio parece ter debandiado do arraial gospel e ter encontrado na mística brasilia um refúgio para seus demônios. Mas os demônios continuam lá, aflorando em sua carne nervosa, sedentos por quebrar ossos e esmagar severos. Adora apontar os erros dos outros, mas se esquece dos seus próprios. Acusa um de maçon, outro de homofóbico, outro de delinquente. Mas e os dossiês, os adultérios, e as meninices? Estão enterrados em algum lugar do Rio de Janeiro, ou trancafiadas em seu subconsciente. Mas os ares místicos do planalto central parecem suavizar os danos, clarear a mente para novas aventuras e demonizações.

Não se engane: há muitos severos e caios por aí a fora, detentores de suas próprias verdades, serceando o direito de opinião, manipulando seu grupinho, apontando o dedo, mentindo e inúmeras outras coisas que, se reveladas, poderão causar um verdadeiro reboliço. Mas a bala está na agulha, a flexa no arco, a espada em mãos. Basta apenas um sinal para que os devidos serceadores sejam atinjidos pela justiça divina.

Continue vivendo em seu mundinho, fazendo promessas, mentindo para seus irmãos de fé. Deus também te encontrara, mesmo que esteja nos mais rincões da América, nas gélidas montanhas dos Andes, nas catacumbas e pirâmides dos maias. Você não ficará impune diante daquele que tudo vê, que tudo sonda, que tudo sabe. Não seja um papagaio, mas um apologista. Não seja um hipócrita, mas um crente verdadeiro.


Johnny T. Bernardo 
do INPR Brasil 
* texto muito interessante de um apologista de Cristo. Devemos fazer apologética sim, mas com coerência e inteligência, com toda a certeza do que estamos falando e pregando e não indo nas "ondas" dos momentos e repetindo o que os outros dizem e fazem. Dai, que surgem as heresias e enganos na Noiva de Cristo, por que não pesquisamos, estudamos e confrontamos com que colocam nas nossas mentes, mas engolimos as palavras heréricas proferidas por lobos e mercenários (João cap. 10).

Sejamos simples como a pomba, mas devemos e muito ser prudênte como a serpente, e neses dias atuais a prudência será de tal importância para aqueles que estão enraizados na Verdade, na Palavra de Deus. Busquemos o Conhecimento de Cristo, a Verdade, a Sabedoria que Vem de Deus.

Graça e Paz.
Emerson Cavalcanti

1 comentários:

Flávio Barroso disse...

Parabéns pela matéria !
soli deo gloria.

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